segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

- Tudo aquilo que vimos lá fora, dizem que é Deus. Que toda aquela presença é ele. Mas não acredito nisso. Deus, para mim, é um paradigma. É algo que aprendi a acreditar, mastiguei, mas, por medo, não ouso quebrar. Deus, pra mim, é a noite que entra, nebulosa, que traz meus desejos mais incontidos. Dono dos meus segredos, os nunca contados. Deus é minha ânsia de proteção aos que eu amo. Deus é a desculpa para o que se faz de errado. É a fuga para quem não tem força. É o não saber. Eu só acredito em Deus quando vou dormir e porque virou um hábito. Nenhuma daquelas crianças felizes que vimos sustentam a vida delas em alguma força. Elas apenas são. Não buscam: são!

Quando morri, encontrei o estranho na porta do céu. Entre nuvens e palavras mal ditas, zombou de minha ignorância:
- Desce!

Um comentário:

Garon Piceli disse...

Se são, aprenderam a ser, se aprenderam talvez não acredita.. e se torne aquilo que os ensinaram...

ótimo pensamento...