Ao nunca mais e ao eterno

Paquetá, paquetá. O barulho da boca condizia com o barulho da ilha. Ilha lá, onde você não está. O barulho veio pela necessidade da algo nem tão são. Lembrando de uma ilha lá para as bandas do Sul, mas não pampas. Paquetá é ilha do Rio. Mas a Paquetá que queria era ilha de flor.

A mente associa coisas jamais pensadas. A bebida na cara e por todo o corpo. A banheira de espuma infestada da sujeira dos outros. Do vômito. Da bebida. Da comida. Da ignorância.

Um copo de champagne para atrapalhar a disgestão do mal. Um copo de champagne para brindar a derrota. A derrota do corpo. Paquetá, paquetá. Bate no buraco de madeira cheio de água e de espuma. Nua. Completamente e um copo de cidra.

A noite longa. Um corpo curto e outro longo como a noite. Um pouco menos, mas também. O curto mais bonito. O curto em flor.

Mas agora é só a banheira e o líquido espumante (o do buraco de madeira e o do copo). Está nojento. Quer que tudo vá por água abaixo. As inquietações, o vômito e a comida. E, por favor, toda a ignorância e intolerância do mundo. Mas não, por favor não. Não deixe que a noite se perca. Que os sonhos desçam pelo ralo. Que caiam na nojenta incompreensão de tudo. A noite, esta, limpa de tudo, faça com que fique, água boa.

Apodreceria neste inferno se fosse preciso. Se assim a fizesse ficar. Paquetá, paquetá. Ilha, mas em flor.