
leia o texto aqui!
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Porque Clarice, nestas horas, é sempre a melhor solução, saída, conforto, enfim. E sinto uma nostalgia do que não vivi. E uma nostalgia falsa do que gostaria realmente de sentir. Sinto uma falta de ar do ar que sinto não faltar em mim. Mas a falta que sinto do mundo e das coisas que não existem, mas que me faltam sem eu mesma saber o que é. Sinto uma árvore em mim. Sinto que a loucura que dizem estar, apenas é de uma forma absurda que os loucos, e somente eles, sabem que não é. A árvore absurda que nasce da nostalgia de um passado reencarnado ausente. Sinto e sento na angústia do que não é ser. Talvez seja, para os outros. Ou o que é pior. Seja para mim e jamais para os outros. Queria que o gosto não fosse só meu. Que soubessem o que é ser. O que é ser absurdo. O que é ser o que não é. O que jamais será. Muito às vezes, e tão pouco sempre, sinto que não posso pensar que sou, sendo que não sende (ou é). Porque se não sou, e se o mundo que faço não é na cabeça dos outros nunca, e será sempre na minha, e somente nela, posso inventar o que quiser e será. Porque é uma verdade que não preciso provar. Uma verdade que sinto e penso ela justamente por sentir. Para depois sentir, e sentir de novo, uma nostalgia franca do que acabo por perceber que existe. Porque o mundo que falo é meu. Sou dona porque sou única. A nostalgia do que sinto nem eu mesma ainda criei o passado sentido, mas como o mundo é meu e não devo satisfações nem para a formiga que passa e não existe no meu mundo, acabando por inventar uma fala mentirosa, mesmo o não existir se torna tão verdadeiro como se tivesse existido. E o não sendo não sende porque eu o quis assim. Porque esta repetição do é, deste presente e coisa batida e amassada que não volta, apenas se torna passado no foi, mas foi. E um dia foi é. Mas a repetição desagrada. A repetição, só aceito do sentir, porque sentir é mais bonito que é, porque pode até mesmo não existir. E digo que. Que. Pela falta de estrutura lingüística que me cobram constantemente. E que - que - no meu mundo não existe. E jamais sentirei nostalgia destas coisas chatas e depressivas que são as cobranças. Cobranças para algo que jamais nem existe no meu mundo e, portanto, nem sei o que é, porque não vivo aqui.
10 comentários:
(Meu, fiquei eufórica quando vc começou a falar da Clarice!)
Nossa que foda! Vc cria o seu mundo, Fabi! Mas escuta, essa "nostalgia do que não vivi", não causa angústia? A mim causa, porque parece que me falta alguma coisa, que é impossível de se ter por acaso ou por acidente, é algo que vc deve encontrar, pior: encontrar em si mesmo. E as coisas me assustam quando só dependem de mim..As também chamadas cobranças que eu ainda não consegui excluir do meu mundo..
Achei demais esse seu texto!
Beijos!
oUN
pra nao perder o costume neh amiga...
^^
olha eu li... li e nao entendi ^^
mas no meio dessa confusao toda, ali eu me vi =D
;*
rima de 4 serie ^^
auahiuahiau
;****
TA
"E sinto uma nostalgia do que não vivi. E uma nostalgia falsa do que gostaria realmente de sentir. Sinto uma falta de ar do ar que sinto não faltar em mim. Mas a falta que sinto do mundo e das coisas que não existem, mas que me faltam sem eu mesma saber o que é."
Fascinante esse trecho, me sinto assim quase sempre... Muito bom o texto todo... bjs
Não entendi... Aliás, textos não foram feitos pra entender...
E eu acho que quebrei o pescoço...
Poxa, pode demorar a passar, mas tem que passar por lá ok?? hehehehehe
Ainda te "vejo" também!
;)
bjo!
Vamo botá ordem nisso aquê, vamo?
peraí que meu cérebro deu um nó.
ok.
"sinto uma falta do ar que sinto não faltar em mim" simplesmente arrebentou a boca do balão, fabi. mais foda do que nunca como sempre. casa comigo?
ah, p.s., te convidei pra um negocinho no meu blog, olha lá ;)
:*
Pior que até hoje eu não sei o nome daquele professor... =P
Porque Clarice tem dom de falar por nós...
beijos
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